17 de dezembro de 2010

Stênio Andrade

Gap

É quase impossível, pra mim, não perceber que somos todos diferentes. Enquanto, pra um, as redes são uma bosta, pra outro, são quase que a vida. Acredito que todos nascemos iguais, mas, a partir do momento que somos segurados pela nossa mãe no colo pela primeira vez, começamos a montar a nossa personalidade e o nosso futuro. Somos todos diferentes, mas nascemos todos iguais. Conceitos.
A educação, história, dinheiro, família, saúde, vontades, necessitades, cabeça... Tudo isso muda a gente, que muda o mundo. Além de naturalmente nascermos e nos modificarmos, ainda sofremos pelas influências do mundo. Existe esse gap de gerações, que são influenciadas diretamente pela época em que vivem. Existe, também, a necessidade de mostrar a nossa personalidade e de montarmos, para os outros, uma persona bem diferente do que somos. Gosto de dormir, mas mostro que acordo cedo.
Isso tudo me faz quebrar a cabeça. Quando adolescente, sempre tive aquela necessidade de aceitação pelos amigos que me cercavam. Assim foi que eu comecei a fumar. Pra fazer gracinha na escola. Assim foi que eu beijei a menina feia, para falar que não ligava para a beleza. Assim foi que eu tomei o primeiro porre, pra acordar e entender que eu não precisava mostrar. Eu simplesmente era.
Desde cedo, eu entendi que os outros não importam.
Eu só não entendo como dois seres que se dão tão bem na cama não se dão tão bem na vida.

Caio Caprioli

posso dizer que minha vida se resume nesse texto, poestei-o porque me identifiquei bastante com a história, e garanto que muitos assim como eu se identificaram com a mesma, a única diferença é que eu nao fumei na escola, nunca gostei nem do cheiro de cigarro, na verdade sempre briguei com meus amigos fumantes, mas o porre é uma boa, a bebida é uma boa (as vezes). Smiley de boca aberta

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