23 de maio de 2013

Stênio Andrade

Sobre apertos e paredes

Olhos cerradosÉ inevitável, inconsciente.A escuridão tomou conta desse quartoCobertos por penumbra a única coisa que nos resta é o cheiro do sexoDestruídosEstendo a mão para agarrar meu como de whisky a beira da cama enquanto você, toda despida se levanta para buscar o cigarro que deve estar jogado em algum lugar sob nossas roupasCaminhas leve como uma plumaClichê!Dez minutos se passamLá estamos, outra vez, jogando um ao contra outro a paredeMordiscosBeijosApertosSexoLogo, molhad...

Stênio Andrade

Você não

Não me venha com suas pregações absurdas Não ves que somos diferentes Não me venha esfolar com suas palavras Não ves que pensamos diferente, agimos diferente Sempre foi cada um por suas sombras Porque mudar agora que está aconchegante por aqui? Só pra sair do conforto? Se for por isso quebro o controle remoto Levanto-me do sofá só pra mudar o canal Cancelo minha banda larga e peço uma internet discada O conforto me abraça O edredom me abraça Você ...

20 de maio de 2013

Stênio Andrade

Talvez...

Talvez eu esteja surpreso com a maneira que você me ama o tempo todo. Eu, talvez tenha medo de te amar dessa forma, por isso te amo aos meus modos, às avessas. Você diz me entender, diz me conhecer, mas você não conhece, nem eu conheço.  Não sei ao certo quem sou nesse exato momento; Só sei que sou um homem, um homem solitário, por sinal. Por isso, querida, estou me mudando para Júpiter, que mesmo eu sendo o último homem da terra e você a...

9 de abril de 2013

Stênio Andrade

Sobre Generalizações

Um texto de Rodolfo Neves, publicado em seu perfil do FB, achei bacana compartilhar pois é um texto bastante crítico sobre a realidade no nosso país nesse momento. Nenhuma generalização é sociologicamente válida. Muitas vezes, o preconceito tem sua origem no ato de generalizar, de tornar um comportamento individual ou restrito a uma porcentagem pequena do objeto pesquisado à todos que pertencem ao grupo. Foi assim com os judeus (a famosa falácia de que todo judeu é rico), foi assim com os nativos (todo índio é preguiçoso), foi assim com as mulheres...

25 de março de 2013

Stênio Andrade

Lisa

Toda noite ela se acomodava na gigantesca poutrona de couro branca, se enrolava no seu cobertor preto, colocava seus óculos de leitura que a deixavam com uma pitada de professora sexy, e começava a folhear as intermináveis páginas do seu livro, acho que era uma biografia de um dos capitalistas do mundo como Harvey Samuel Firestone, não, me engano, ela lia uma dessas biografias sobre a vida de Marlin Monroe, a imortal loira de boca vermelha. Já...