7 de agosto de 2011

Stênio Andrade

Biodiversidades do umbigo


Imagem: Belly Button Biodiversity

O projeto Belly Button Biodiversity (Biodiversidade do Umbigo) encontrou mais de 1400 tipos diferentes de bactérias em um estudo que analisou 95 umbigos de voluntários.
Entre os micróbios encontrados, 662 não eram sequer conhecidos pela Ciência.
O projeto foi criado por um grupo de biólogos e comunicadores de ciência da cidade de Raleigh, nos EUA, e é mantido pela Universidade Estadual da Carolina do Norte e pelo Museu de Ciências Naturais.
Os pesquisadores querem descobrir o que vive em nós. Uma vez que, a diversidade em nossos corpos é, para os cientistas, como qualquer variedade biológica, fascinante. Depois eles procurarão saber coisas como se existem espécies diferentes em homens e mulheres etc.
O projeto foi concebido como um exercício em ciências da comunicação, mas já está contribuindo bastante para a compreensão da diversidade microbiana.
A nossa pele ainda não é muito estudada pelos cientistas, então os pesquisadores resolveram explorar o umbigo por ser um ambiente propício para a proliferação das bactérias, relativamente isolado e de difícil limpeza.
Afinal, mal os notamos em nossas vidas diárias, a ponto de poucas pessoas realmente limpá-los. O que é ótimo para as bactérias!
A selva microbiana que existe em cada pessoa é tão rica, colorida, dinâmica que, muito provavelmente, seu corpo tenha espécies que nenhum cientista jamais estudou.
As amostras foram colhidas dos voluntários, estudadas e, ao final, identificadas, quantificadas etc. Os voluntários podem ver as bactérias que vivem em seus umbigos da maneira desta imagem a seguir:

Os resultados
Nem todos os germes são ruins, a maioria não é. Eles simplesmente estão lá, seja entre os dedos dos pés, acima do nariz ou nos umbigos.
Os resultados foram os mais diversos. E vão desde pessoas que quase não têm micróbios, até voluntários que são uma verdadeira colônia. Como no caso de um deles em que foram encontradas bactérias que só existiam no Japão, mesmo sem ele nunca ter ido ao país.
Resultados como esses refletem a falta de conhecimento do homem a respeito da imensa diversidade microbiana. Pois ainda há muito a ser descoberto pela Ciência.

Fonte: Blog da Saúde

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